Preso desde o dia 20 de janeiro, acusado de agressão sexual a uma jovem de 23 anos na cidade de Barcelona, na Espanha, o lateral-direito Daniel Alves voltou a ser assunto no São Paulo nesta semana. Segundo informações dos jornalistas Eduardo Affonso e Felippe Scozzafave, da ESPN, o clube buscou uma forma de encerrar o acordo com o jogador.
Daniel Alves teve uma passagem polêmica pelo Morumbi entre 2019 e 2021, e rescindiu seu contrato após um acordo milionário para o pagamento de uma dívida na casa dos R$ 20 milhões que o São Paulo tinha com o atleta. O clube se comprometeu a pagar o valor em 60 parcelas, o que mantém o lateral na folha salarial do São Paulo até o fim de 2026.
Buscando brechas para se livrar do pagamento, a gestão de Julio Casares teria acionado o departamento jurídico para suspender o acordo. O principal argumento para isso seria a prisão de Daniel Alves na Espanha. No entanto, a ideia não foi adiante após minuciosas avaliações dos advogados do São Paulo.
O corpo jurídico entendeu que o acordo não poderia ser rompido pelo fato do caso ter ocorrido após o lateral não ser mais jogador do Tricolor. Portanto, ele não se enquadraria no quesito de "prejudicar a imagem do clube", o que levou o Pumas, do México, a rescindir o contrato de Alves por justa causa no início deste ano.
Ainda sem data marcada para um julgamento, Daniel Alves foi comunicado pela juíza Concepción Cantón, no início desta semana, de que será julgado por agressão sexual. Além disso, a Justiça da Catalunha impôs ao brasileiro um pagamento de € 150 mil (R$ 783 mil) à vítima caso seja condenado pelo crime.
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