O capitão da seleção brasileira, Casemiro, comparou o estilo de jogo do ex-treinador Tite com o de Fernando Diniz. Ele mencionou que Diniz pede que ele toque na bola com mais frequência, passe pelo seu pé e comande o ritmo do jogo, o que o agradou. No entanto, ele enfatizou que os princípios fundamentais do futebol são os mesmos, independentemente do treinador:
"Diniz pede para eu tocar na bola sempre, para a bola sempre passar no meu pé, para eu tentar comandar mesmo jogo, dar o ritmo de quando ir para a frente, para trás. Mas no futebol existem princípios. Cada treinador tem a sua característica, mas os princípios do futebol são os mesmos, se aprende quando se está na base. A adaptação com o treinador, se ele joga mais vertical ou com toque de bola, é natural. Uma das coisas que eu até gostei mais com o Diniz foi o que ele pede, de a bola passar bastante no meu pé. Fico bastante feliz com isso", afirmou.
Em relação à ausência de uma "casa fixa" para a seleção durante as eliminatórias da Copa do Mundo, Casemiro apontou que existem prós e contras nessa situação. Ele destacou o carinho e o apoio recebidos em Belém e Cuiabá, mas também mencionou que as condições dos campos e o clima podem variar. Casemiro expressou que, se pudesse escolher, preferiria campos melhores, mas respeita as decisões tomadas por outras pessoas:
Leia também: André está confiante de que o estilo de jogo de Diniz será bem-sucedido na Seleção"Esse é um debate muito amplo. Existem aspectos legais, mas outros que precisam ser falados. O carinho de Belém foi incrível, o que estamos tendo aqui em Cuiabá está sendo incrível. Mas claro, o campo não é o que estamos acostumados, o calor também aqui e em Belém não estamos acostumados. Não se pode ganhar tudo de um lado. Se ganha de um lado e se perde do outro. Se puder escolher campos melhores, para favorecer até o jogador, escolheríamos campos melhores, mas não cabe a nós escolher isso, e sim outras pessoas. O carinho daqui e de Belém está sendo incrível, e isso nos fortalece dentro da seleção", admitiu.
Sobre o favoritismo da seleção brasileira contra a Venezuela, Casemiro reconheceu que o Brasil é frequentemente considerado favorito, mas destacou que o futebol é imprevisível e que o favoritismo não garante a vitória. Ele pediu respeito aos adversários e afirmou que o mais importante é o que a equipe fará em campo para confirmar esse favoritismo:
"Nós vamos entrar relaxados ou achar que já ganhamos o jogo, mas temos que ser realistas. Poucas seleções no mundo que vão competir contra o Brasil serão favoritas. A gente sabe que o futebol é um dos poucos esportes do mundo em que nem sempre o melhor vence, mas não podemos esconder que, sim, somos favoritos. O mais importante é o que nós vamos fazer dentro de campo para confirmar o favoritismo. Isso não vai definir o resultado de amanhã", completou.
Casemiro também enfatizou que a Venezuela tem seus méritos e jogadores de qualidade, e que o respeito aos rivais é fundamental. Ele destacou que o Brasil precisa fazer o seu melhor para buscar a classificação para a Copa do Mundo e que a equipe está focada em cada jogo:
"Brasil é favorito, sim, para classificar, mas não determina que iremos classificar. Dá uma folga a mais para escolher mais jogadores e abrir o leque de jogadores em determinados jogos, mas isso não determina que vamos classificar. Temos que ter o respeito aos rivais. Amanhã é um jogo truncado, difícil, a Venezuela tem seus méritos, muitos jogadores de qualidade que atuam na Europa. O maior aqui é o respeito. Todos aqui querem fazer o melhor, para ter sempre o prazer de estar aqui. O mais importante é o que iremos fazer dentro de campo para chegar à Copa do Mundo", resumiu.
A seleção brasileira enfrentará a Venezuela e o Uruguai nas eliminatórias da Copa do Mundo.
